sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ninguém vai quebrar esta onda democrática

Manuel Alegre com Almeida Santos e Francisco Louçã

“Eu sei que estamos perto” disse Manuel Alegre esta noite no Coliseu perante uma sala repleta onde se viam muitas caras conhecidas das diferentes esquerdas e sensibilidades reunidas nesta candidatura. “Ninguém vai quebrar esta onda que é uma onda democrática”, “uma onda pela democracia e pelo Estado social”, exortou Manuel Alegre, referindo-se com ironia às sondagens dos últimos dias: “Eles têm é que se pôr de acordo. Mas quem vai acertar as contas é o povo no dia 23”.

“Cavaco Silva falou hoje finalmente dos juros da dívida” afirmou logo de início. “Mas não foi para atacar os especuladores” explicou, “foi para fazer uma chantagem inadmissível contra a escolha livre e democrática dos portugueses”. Alegre confrontou directamente o seu adversário: “Eu pergunto ao candidato Cavaco Silva, ao longo dos últimos meses, o que fez para ajudar a aliviar a pressão especulativa sobre Portugal, que apoio concreto deu ao Estado e à República, naquela que devia ter sido uma defesa solidária do interesse nacional.”

Resumindo de certo modo a sua campanha, Alegre afirmou: “Eu não insultei ninguém. Eu não disse que havia medíocres na outra candidatura. Eu não chamei louco a ninguém, eu não desqualifiquei ninguém. Eu expus as minhas ideias, eu critiquei ideias contrárias, defendi uma outra visão de Portugal, uma outra visão da Europa, uma outra visão do que é a função presidencial. Isso é a democracia, isso é o confronto democrático”, afirmou, para de seguida rematar: “Quem acha que a divergência é um ataque pessoal ou um insulto é porque não compreendeu a democracia.”

Manuel Alegre expôs as causas centrais da sua candidatura, considerando que ela representa “uma concepção progressista da democracia, como democracia política, económica, social e cultural, por oposição a uma concepção conservadora, a uma concepção neo-liberal, à concepção do Estado mínimo, que é um Estado mínimo para os povo e um Estado máximo para os poderosos e para os grandes interesses”.

Numa intervenção enérgica, como sempre, mas muito afectiva, Alegre agradeceu pessoalmente a todos os que o têm acompanhado, chamando-os pelos seus nomes; e até agradeceu aos jornalistas, que “tiveram que ouvir muitas vezes o mesmo discurso e com os quais várias vezes, é verdade, eu também me irritei. Mas ainda bem que podemos irritar-nos uns com os outros, porque isso é sinal de que há liberdade de expressão e liberdade de imprensa em Portugal.”

Insistindo sempre na importância do debate democrático, Manuel Alegre defendeu “o direito de escrutinar”. “Todos os homens públicos estão sujeitos a isso”, disse, “não têm que ofender-se, não têm que fazer de vítimas, têm é que responder às perguntas incómodas” “porque isso é bom para a democracia, é bom para a República, é bom para todos nós”.

Emocionado com a sintonia que foi sentindo, em todo o discurso, por parte de uma assistência muito participativa, Manuel Alegre terminou com um apelo: “Não se deixem esmorecer, nem manipular, nem intimidar”, pois “ninguém vai quebrar esta onda que é uma onda democrática, que é uma onda de responsabilidade cívica, que é uma onda pela democracia e pelo Estado social”.

Banho de multidão no Chiado

Um banho de multidão envolveu Manuel Alegre na tradicional descida do Chiado. Ao som dos bombos, entre vivas ao candidato e palavras de ordem como “Alegre é urgente seres o nosso Presidente”, muitas centenas de pessoas acompanharam Manuel Alegre desde a Trindade, pela rua Garret e rua Augusta, até ao arco da Praça do Comércio, onde foi levantado em ombros perante a euforia da multidão. Sempre com a sua mulher, Mafalda, a seu lado e entre Almeida Santos, Presidente do PS, Carlos César, Presidente do Governo Regional dos Açores, António Costa, Presidente da Câmara de Lisboa e Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda, Manuel Alegre foi saudado com muita simpatia pelos populares que passavam e outros que vinham às janelas para gritar palavras de apoio e confiança. Entre os muitos populares que acompanharam o candidato, viam-se ainda vários membros do Governo, deputados e autarcas.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Mensagem de Apoio

Mensagem de Apoio

Mensagem de Apoio

Luís Carlos Brum

Mensagem de Apoio

Se Cavaco Silva ganhar, vai acertar contas com a Autonomia


O coordenador nos Açores da campanha presidencial de Manuel Alegre apelou, esta quinta-feira, para que todos os açorianos exerçam o seu direito de voto no próximo domingo, alegando a importância que o próximo Presidente da República terá no actual momento que se vive no país.

“É muito importante que todos, no próximo domingo, votem para as eleições presidenciais, contribuindo, assim, para a redução da abstenção e para o consequente reforço da Democracia nos Açores”, salientou Berto Messias.

O dirigente socialista considerou, ainda, que estas eleições para a Presidência da República assumem, também, uma importância redobrada para a Região Autónoma dos Açores, tendo em conta a visão autonómica que têm os dois principais candidatos, Cavaco Silva e Manuel Alegre.

“Se Cavaco Silva ganhar, vai acertar contas com a Autonomia, enquanto uma vitória de Manuel Alegre representa a dignificação da Autonomia no patamar certo que deve ter no todo nacional”, adiantou Berto Messias, numa mensagem de apelo ao voto a poucos dias das eleições de 23 deste mês.

De acordo com Berto Messias, tendo em conta as dúvidas lançadas por Cavaco Silva sobre a remuneração compensatória, é legítimo pensar-se que, caso vença as eleições, estarão em risco outros complementos salariais e de pensão já existentes nos Açores.

Para o responsável açoriano da campanha de Manuel Alegre, o candidato apoiado pelo PSD e CDS, no mandato que agora termina, sempre se mostrou desconfortável com evolução da Autonomia dos Açores, tendo feito vários avisos e ameaças que “concretizará se vencer as eleições”, no âmbito da “magistratura activa” que já anunciou.

Para Berto Messias, as desconfianças sempre demonstradas em assuntos importantes para os Açores, como a Lei Eleitoral e o Estatuto Político-Administrativo dos Açores, tenderão a agravar-se num eventual segundo mandato, uma vez que Cavaco Silva não precisará mais dos votos açorianos.

“A questão é simples: queremos passar um cheque em branco a Cavaco Silva em relação ao futuro da nossa Autonomia ou, em alternativa, queremos um Presidente da República, como Manuel Alegre, que represente um aforro seguro do património autonómico” dos Açores, alertou Berto Messias.

Para o dirigente do PS/Açores, mais importante, porém, é que cada açoriano escolha, no próximo domingo, o “candidato que acha que melhor serve o país e os Açores e que dá garantias de reanimar a esperança de Portugal em tempos melhores”.


Manuel Alegre

AUTARCAS SOCIALISTAS AÇORIANOS APOIAM MANUEL ALEGRE

Portugal, nos últimos anos, tem vindo a travar as mais duras batalhas contra factores externos (como a crise económica e financeira que se instalou no mundo desde 2008) que, aos poucos, minam a estrutura económica e social de Portugal. É tempo de procurarmos soluções.

Em tempos de alguma dificuldade, é pedido um esforço a todos os portugueses e temos o dever, enquanto cidadãos, de saber procurar aqueles que tantas batalhas têm travado e que, com esforço, as têm vencido.

A candidatura de Manuel Alegre oferece ao país o que mais precisamos: firmeza nas decisões, certeza nas convicções e força nas acções. Manuel Alegre acredita em Portugal e nos Portugueses. Manuel Alegre acredita na Democracia, na Liberdade e nos ideais que formatam a Constituição da República Portuguesa.

Neste momento difícil do nosso país o que esperar de um Presidente da República? Os portugueses não necessitam de lições de economia; os portugueses não precisam orientações que promovam a divisão.

Mas precisamos, sim, de estar unidos pelos mesmos princípios e de alguém que lidere este processo de regeneração da esperança portuguesa. Precisamos de alguém que represente um elemento de coesão da sociedade portuguesa. Portugal precisa um Presidente da República como Manuel Alegre!

Nos Açores, vivemos particularmente estas eleições presidenciais: Este é o momento em que escolheremos entre o respeito pela autonomia regional, vista como um elemento integrante e fundamental para a unidade nacional, e a continuidade de uma política de desagregação dos princípios da organização política de Portugal.

A candidatura de Manuel Alegre é uma candidatura contra o centralismo estatal; é uma candidatura a favor das autonomias e do princípio da subsidiariedade plasmado na nossa constituição.

Cada vez mais, a dinamização da economia e a promoção da coesão territorial, social e económica passam pela descentralização dos pólos de decisão.

Precisamos de adequar as políticas às especificidades de cada região e de cada autarquia. Precisamos de envolver os parceiros sociais e os investidores, temos de criar uma rede de envolvimento dos vários níveis de governação para viabilizar a sustentabilidade da economia.

Apoiar Manuel Alegre é garantir que Portugal e os Portugueses terão o que precisam!

Apoiar Manuel Alegre é garantir que os Açores e que as nossas autarquias não serão abafadas pela corrente de pensamento centralizadora que tem vindo a emanar de Belém.

Precisamos de um Portugal construído por todos e para todos! Precisamos de uma governação integrada, na qual as autonomias e as autarquias são pontos essenciais de apoio para a reconstrução económica e não de um Estado centralizador que desrespeita a organização político-administrativa, patente da Constituição.

Os autarcas socialistas açorianos têm vindo a provar que é possível superar a crise. É possível fazer muito, com pouco.

Os autarcas socialistas açorianos têm demonstrado que o Poder Local é, indubitavelmente, um ponto fundamental para o desenvolvimento da Região e para uma melhoria substancial do nível de vida das suas comunidades locais.

Os nossos esforços nos municípios e freguesias têm produzido frutos visíveis, mas precisamos de continuar a trilhar este caminho de sucesso, pela nossa terra e pelos nossos munícipes! Por isso, temos obrigação de fazer a escolha certa nestas Eleições Presidenciais!

Temos de escolher o candidato que reconhece a importância dos níveis de Poder Local e Regional na construção de um Portugal mais igual e mais forte! Estamos ao lado daquele que trará um ânimo ao nosso esforço dos últimos anos e que sabe reconhecer os benefícios de 34 anos de Poder Local Democrático.

É por isso que estamos ao lado de Manuel Alegre, que nos respeita e que vê o Poder Local como uma grande conquista da Democracia, que reconhece o nosso trabalho e que nos saberá animar neste percurso difícil no qual temos vindo a caminhar.

Os portugueses, e os açorianos em particular, devem procurar uma verdadeira solução. Nas palavras de Manuel Alegre, “Mesmo na noite mais triste/ Em tempo de servidão/Há sempre alguém que resiste/Há sempre alguém que diz não.”

Nestes tempos de dificuldades para os portugueses, é altura de dizermos não aos conformismos, é altura de dizermos não aos centralismos de alguns, é tempo de resistir contra todos os que não acreditam em Portugal.

Pelos autarcas socialistas,

João Ponte (Presidente da Associação de Municípios dos Açores)

António Alves (Coordenador nos Açores na ANAFRE)

Ponta Delgada, 20 de Janeiro de 2011.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Vamos concentrar-nos no essencial – unir, somar, mobilizar

O abraço de Manuel Alegre e António José Seguro no jantar comício de Vizela

“Precisamos na Presidência da República de alguém que tenha uma profunda convicção democrática” afirmou Manuel Alegre esta noite em Vizela, num jantar comício muito concorrido, onde mais uma vez o candidato sentiu o calor humano dos seus apoiantes. Nestes últimos dias da campanha, perante uma onda a crescer, Alegre quis contudo deixar um aviso: “Daqui até sexta-feira vão ser feitas muitas tentativas para vos desmoralizar e tentar quebrar esta onda”. Recordando a sua experiência de há cinco anos, em que isso também sucedeu e apareceram “sondagens estapafúrdias”, Manuel Alegre apelou: “Vamos concentrar-nos no essencial – despertar as pessoas, unir, somar, mobilizar, não nos deixemos quebrar nem distrair, porque o que está em causa é decisivo para o futuro de Portugal.”

Como tem vindo a fazer em todas as suas intervenções, Manuel Alegre assumiu a sua candidatura como um projecto “democrático e progressista”, por oposição ao “projecto conservador apoiado pela direita política, pela direita dos interesses e por dois partidos que estão com pressa de ir para o poder”. O candidato desmontou aquilo que considerou “um programa político e estratégico de destruição do Estado social”, do qual “Cavaco Silva não se demarcou”.

“Desvalorizaram estas eleições para que tudo se passasse como se Cavaco Silva já estivesse reeleito” denunciou Manuel Alegre, “mas está a haver campanha e luta política a sério”. É isso que explica “algum nervosismo” e alguma “derrapagem na linguagem de Cavaco Silva, que ainda é Presidente e que veio falar em crise económica, social e política”. “Ora que crise económica, social e política?” interrogou Manuel Alegre, que respondeu: “O que ele quis foi dizer aos seus eleitores que será ele a provocar a crise política, demitindo um governo legítimo e dissolvendo a Assembleia da República”. “E é isso também que o leva”, segundo Alegre, “a ficar calado, temeroso, silencioso perante a ofensiva dos especuladores contra o nosso país.”

Reafirmando que se candidata por valores, Manuel Alegre expôs a sua visão da função e dos poderes presidenciais, insistindo em que o Presidente não deve desvalorizar as leis que promulga, nem vir dizer, depois de promulgar, que não está de acordo, como no caso do diploma que está a provocar as manifestações das escolas particulares.

Outra visão da Europa e do papel de Portugal na Europa é um dos compromissos presidenciais de Manuel Alegre. “Precisamos de mudanças profundas na Europa, de mais democracia, de mais transparência, de regulação dos mercados financeiros, de nova políticas” de crescimento e coesão, disse, e “não desta imposição de políticas de austeridade, recessão e destruição dos serviços públicos”. E isso “implica que na Presidência da República haja uma voz que não seja uma voz para dentro, que não seja, como diria Fernando Pessoa, empacotada no provincianismo mental português”, “uma voz cosmopolita e respeitada, como foram a de Mário Soares e Jorge Sampaio”, afirmou.

Outra visão também de Portugal, da sua cultura, da sua história, da sua língua, dos grandes livros que se escreveram em português, prometeu Alegre, recordando não só os escritores de Portugal mas também do Brasil, de Angola, de Moçambique e até de Timor.

Outra capacidade de inspirar os portugueses, através da palavra, defendeu o candidato. “Precisamos de alguém que não tenha medo de falar e que quando é preciso faça ouvir a sua palavra justa e mobilizadora para os portugueses e a palavra de Portugal para a Europa e para o mundo”, afirmou.

Alegre explicou mais uma vez a importância de não deixarmos esvaziar a democracia dos seus direitos sociais. Temos de “garantir que não vai haver uma mudança de democracia, não da democracia para a ditadura, precisou, mas da democracia como a construímos depois do 25 de Abril.” “Não deixem que a direita tome o poder todo” apelou o candidato.

Manuel Alegre voltou a lançar o tema da desertificação, que afecta dois terços do território nacional, “porque a desigualdade territorial é um factor de desigualdade social”. No final da sua intervenção, Alegre assumiu-se como um combatente pelo futuro, “pela criação da esperança, porque a esperança é difícil, sobretudo em momentos destes, mas a esperança constrói-se” e apelou à mobilização de todos até ao próximo domingo, pois “eu sei, a minha candidatura sabe, que estamos perto da segunda volta, que começou na Madeira, nos Açores, confirmou-se em Castelo Branco, Coimbra e Vila Real e agora de novo aqui, em Vizela”.

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Tiago Branco

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Marta Couto

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Maria João Mendes

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Graça Tomé

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Clara Queiroz

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

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Cátia Marques apoia Manuel Alegre

"Longe da vista, longe do coração"


Imaginando, quiçá, ser único e absoluto Cavaco Silva “atirou” mais uma das suas “verdades”: “Para serem mais honestos do que eu”, disse, “têm que nascer duas vezes”…
Podíamos, a propósito disso, intitular a crónica de hoje como “Cavaco Silva, o verdadeiro”, mas para fazê-lo precisávamos que ao longo da campanha tivesse comentado mais do que insultado com o seu silêncio uma série de factos, que tentou a todo o custo tornar plásticos, apagar ou mesmo reinventar.
Não basta pois jurar honestidade quando não se repõe a verdade e se preenche o silêncio do “não comento” com estas verdades cavaquistas.
Na recta final para as eleições de 23 de Janeiro – com notícias e mais notícias de dificuldades graves para todo o país, o recandidato Cavaco Silva tem tentado, por todos os meios, ignorar o facto de que tem passado, que esse passado o define e que ajuda a perceber, a quem quiser ver, todo o seu percurso.
Não precisamos que venha como veio aos Açores em campanha eleitoral fazer juras de amor eterno à Autonomia. Não é disso que se trata. O que precisamos como Povo que somos é de ter um Presidente da República que nos respeite, que respeite o nosso Estatuto Político Administrativo. Mais nada.
Mas, Cavaco Silva não perde uma oportunidade que seja para nos insultar e ignorar. Já o tinha feito no passado recente (com as declarações na Argentina), tornou a fazê-lo há dias, já depois de ter vindo aqui, em campanha eleitoral. Foi a Viana do Castelo e de lá sugeriu a criação do Ministério do Mar.
Até damos de barato que um candidato a Presidente da República sugira a criação de Ministérios (?) …O que não podemos deixar passar em branco, é tê-lo feito em Viana do Castelo por achar que é “difícil encontrar lugar mais apropriado para falar e ouvir falar sobre o Mar” do que Viana do Castelo.
Não é que seja invulgar que se esqueça dos Açores, nem tão pouco que já não seja um dado adquirido que nos ignore, mas não deixa de ser, mais uma vez lamentável…
Se Cavaco Silva fosse homem de mais do que “meias palavras” e códigos indecifráveis podíamos pedir-lhe que enfim se decidisse. Afinal será o Presidente da República do “Norte, do Centro e do Sul”? Afinal é mesmo o Presidente da República que se recandidata como disse a 16 de Janeiro (Domingo) de “Vila Real de Santo António a Valença”?
Se esclarecesse também isto – preto no branco – escusava de deixar aflitos os companheiros ilhéus, sempre à procura de provas de amor já dadas por Cavaco Silva aos Açores, como se fosse possível. À primeira oportunidade, cumprindo o ditado “longe da vista, longe do coração” Cavaco Silva dá o dito por não dito e quase parece dizer aos de cá que para serem melhores do que ele têm que nascer duas vezes (ou mais) …quiçá mudar de nome…
Cavaco Silva, por si, não mudará em nada. Há todo um passado que o define e que já não o modifica. Vive enfiado no seu casulo de verdades, ajeitadas ao traço das suas “máximas”.
Resta, agora, saber se os portugueses vão querer mostrar-lhe o avesso delas (das suas verdades). Seja como for só o voto nos dá força para fazê-lo. No dia 23 de Janeiro vamos todos votar.

Mariana Matos

Mensagem de Apoio






Eu vou votar Manuel Alegre porque acredito num Homem coerente no que diz, que sempre lutou pelos seus ideias e que acima de tudo acredita nas Autonomias!

Maria João Mendes

AS PERGUNTAS DO DIA 23

A pergunta que cada um de nós deve fazer, no dia 23 de Janeiro, quando for votar, é simples: o que é que Cavaco Silva fez de bom pelos Açores durante os muitos anos em que foi Primeiro-Ministro e Presidente da República?

Depois de cada um de nós responder a essa pergunta, deve fazer outra: devem os açorianos ter o ónus de se justificarem sempre perante as reservas de quem, à priori, olha com desconfiança para tudo o que nasce nos Açores?

Só respondendo a cada uma das questões é que cada açoriano pode votar em consciência para eleger o Presidente da República, por uma razão muito simples, o comportamento de Cavaco Silva, em relação aos Açores, foi sempre sinónimo de conflito e de questiúnculas políticas e autonómicas.

A questão não é partidária. Antes fosse. É bem mais grave do que isso.

As reservas mentais de Cavaco Silva sobre os Açores e a Autonomia foram bem evidentes quando o social-democrata Mota Amaral foi Presidente do Governo Regional dos Açores. E são, também, bem claras agora, com Carlos César à frente do Governo.

Cavaco Silva não se sente confortável com a Autonomia e ponto final. Está no seu direito, assim como estamos no nosso de o considerar o Presidente da República que mais prejudicou a imagem da unidade nacional, ao denegrir o projecto autonómico consagrado na Constituição, que tem o dever de cumprir e fazer cumprir. E pior do que isso, insiste em criar instabilidades e desconfianças sobre os Açores, mas é conivente com os atropelos institucionais, éticos e democráticos todos os dias promovidos pelo Governo Regional da Madeira.

Cavaco Silva desconfiou de tudo. Suspeitou da nossa lei eleitoral, que reforçou o pluralismo partidário na Assembleia, conjecturou sobre o nosso Estatuto, que consagrou competências que aspiramos durante décadas, prognosticou inconstitucionalidades na remuneração compensatória, mesmo antes de a conhecer em concreto. São três dos exemplos mais evidentes da sua actuação enquanto Presidente da República.

Por isso é que a campanha de Cavaco Silva nos Açores mais não faz do que tentar provar, sem sucesso, que o candidato até gosta da nossa Região, que toda a gente está errada na percepção que faz das suas declarações públicas sobre os temas relacionados com os Açores.

Aliás, Cavaco Silva tem passado os dias a dizer que ninguém entendeu o que ele disse ou a dizer que não diz nada a ninguém sobre o que se passa.

Por isso é que sentiu necessidade de vir aos Açores defender uma “Autonomia dinâmica”, como se isso dependesse dele. A “Autonomia dinâmica” depende, sim, dos açorianos que querem usar esse enquadramento constitucional como forma de resolver melhor os nossos problemas e de desenvolver, cada vez mais, a nossa Terra.

O nosso dinamismo em prol da defesa da Autonomia é na devida proporção das desconfianças que Cavaco Silva tem desta mesma Autonomia.

Nestas eleições presidenciais, vários candidatos já mostraram que valorizam a Autonomia Regional. Manuel Alegre destaca-se entre eles. Apresentou a sua candidatura em Ponta Delgada, visitou depois as ilhas do Faial e Terceira e, mais recentemente, São Miguel. Ou seja, veio três vezes aos Açores nos últimos meses. Não será pelos votos, já que o número de eleitores nos AçAS PERGUNTAS DO DIA 23

A pergunta que cada um de nós deve fazer, no dia 23 de Janeiro, quando for votar, é simples: o que é que Cavaco Silva fez de bom pelos Açores durante os muitos anos em que foi Primeiro-Ministro e Presidente da República?

Depois de cada um de nós responder a essa pergunta, deve fazer outra: devem os açorianos ter o ónus de se justificarem sempre perante as reservas de quem, à priori, olha com desconfiança para tudo o que nasce nos Açores?

Só respondendo a cada uma das questões é que cada açoriano pode votar em consciência para eleger o Presidente da República, por uma razão muito simples, o comportamento de Cavaco Silva, em relação aos Açores, foi sempre sinónimo de conflito e de questiúnculas políticas e autonómicas.

A questão não é partidária. Antes fosse. É bem mais grave do que isso.

As reservas mentais de Cavaco Silva sobre os Açores e a Autonomia foram bem evidentes quando o social-democrata Mota Amaral foi Presidente do Governo Regional dos Açores. E são, também, bem claras agora, com Carlos César à frente do Governo.

Cavaco Silva não se sente confortável com a Autonomia e ponto final. Está no seu direito, assim como estamos no nosso de o considerar o Presidente da República que mais prejudicou a imagem da unidade nacional, ao denegrir o projecto autonómico consagrado na Constituição, que tem o dever de cumprir e fazer cumprir. E pior do que isso, insiste em criar instabilidades e desconfianças sobre os Açores, mas é conivente com os atropelos institucionais, éticos e democráticos todos os dias promovidos pelo Governo Regional da Madeira.

Cavaco Silva desconfiou de tudo. Suspeitou da nossa lei eleitoral, que reforçou o pluralismo partidário na Assembleia, conjecturou sobre o nosso Estatuto, que consagrou competências que aspiramos durante décadas, prognosticou inconstitucionalidades na remuneração compensatória, mesmo antes de a conhecer em concreto. São três dos exemplos mais evidentes da sua actuação enquanto Presidente da República.

Por isso é que a campanha de Cavaco Silva nos Açores mais não faz do que tentar provar, sem sucesso, que o candidato até gosta da nossa Região, que toda a gente está errada na percepção que faz das suas declarações públicas sobre os temas relacionados com os Açores.

Aliás, Cavaco Silva tem passado os dias a dizer que ninguém entendeu o que ele disse ou a dizer que não diz nada a ninguém sobre o que se passa.

Por isso é que sentiu necessidade de vir aos Açores defender uma “Autonomia dinâmica”, como se isso dependesse dele. A “Autonomia dinâmica” depende, sim, dos açorianos que querem usar esse enquadramento constitucional como forma de resolver melhor os nossos problemas e de desenvolver, cada vez mais, a nossa Terra.

O nosso dinamismo em prol da defesa da Autonomia é na devida proporção das desconfianças que Cavaco Silva tem desta mesma Autonomia.

Nestas eleições presidenciais, vários candidatos já mostraram que valorizam a Autonomia Regional. Manuel Alegre destaca-se entre eles. Apresentou a sua candidatura em Ponta Delgada, visitou depois as ilhas do Faial e Terceira e, mais recentemente, São Miguel. Ou seja, veio três vezes aos Açores nos últimos meses. Não será pelos votos, já que o número de eleitores nos Açores, no cômputo nacional, é diminuto, mas sim por respeito e grande afinidade com a nossa terra.

Temos, por isso, de fazer uma terceira pergunta na altura de votar:

Quem respeita mais os Açores, Alegre ou Cavaco?

Num momento de crise e de austeridade nacional, caso Cavaco seja reeleito, não hesitará em fazer todos os esforços para impedir qualquer medida para amenizar os efeitos desta austeridade. Será que os açorianos querem a repetição da história?ores, no cômputo nacional, é diminuto, mas sim por respeito e grande afinidade com a nossa terra.

Temos, por isso, de fazer uma terceira pergunta na altura de votar:

Quem respeita mais os Açores, Alegre ou Cavaco?

Num momento de crise e de austeridade nacional, caso Cavaco seja reeleito, não hesitará em fazer todos os esforços para impedir qualquer medida para amenizar os efeitos desta austeridade. Será que os açorianos querem a repetição da história?

Berto Messias

Movimento Já

O “politicamente correcto” diz que não há mudanças, só ajustes. Diz que só valem os números e a imagem, que a palavra e as ideias são carcaças de museu. O “politicamente correcto” diz que a política é “um assunto lá deles”, que “não vale a pena”, que “isto é sempre a mesma coisa”. O “politicamente correcto” diz que a juventude já nasce velha e cínica, que Portugal nunca sairá da cepa torta, que o sonho não move montanhas, que não está nas nossas mãos mudar o mundo...

Manuel Alegre garante que a política é sinónimo de cidadania. Que haverá na presidência alguém comprometido com a democracia e com os direitos sociais que lhe dão conteúdo. A candidatura de Manuel Alegre é um compromisso com a liberdade e com a igualdade. É um espaço onde nos encontramos, com percursos diferentes, em nome de um país mais justo e mais solidário. É um espaço de inclusão.

Não queremos ser a geração “nem direitos, nem emprego”. A candidatura de Manuel Alegre é a garantia de uma voz firme na defesa de uma vida justa, de um trabalho digno, que não aceita que o desemprego seja uma fatalidade e que a precariedade seja o único destino possível para a nossa geração. É um movimento que põe em causa os fatalismos de uma economia do medo e da pobreza e que não aceita esperar pelo futuro em vez de o transformar. Que sabe que a nossa vida é agora.


Estamos na candidatura de Manuel Alegre porque não temos saudades do passado. Queremos na presidência alguém sintonizado com o nosso tempo, que saiba que os direitos das minorias não são menores. Que valoriza a autodeterminação, que convive bem com a diversidade das escolhas de cada um sobre a sua vida. Que respeita a diferença e que é uma garantia de um país decente, porque respeitador das escolhas de todos. Estamos na candidatura de Manuel Alegre porque não queremos dar cavaco às discriminações.


Encontramo-nos na candidatura de Manuel Alegre porque um país justo não exclui ninguém do direito ao emprego, à saúde, à educação, à cultura. Porque este movimento é a garantia de um Estado social que não abandona ninguém. Porque com Manuel Alegre sabemos que a escola pública está aberta a todos, que os serviços públicos serão defendidos como condição da liberdade de cada um.


Apoiamos Manuel Alegre porque somos cidadãos do mundo e da Europa. Porque vemos esse território para além do limite estreito dos contabilistas, do discurso único e da ausência de soluções. Queremos poder orgulhar-nos de ter um presidente aberto às culturas, com voz própria por uma Europa da cidadania, do crescimento e da solidariedade. Um presidente que vê na cooperação entre os povos e na paz o único caminho para uma ordem mundial onde as armas não sejam as primeiras a falar.


Apoiamos Manuel Alegre porque queremos dar um novo sentido à política, actividade de todos. Apoiamos Manuel Alegre porque queremos que a esperança seja devolvida aos cidadãos e sabemos que o nosso país não é inviável. Porque Manuel Alegre tem um percurso de coerência, de ética republicana e de serviço público. E sobretudo porque é urgente começar a lutar hoje por um futuro mais exigente e mais justo. Sim, não tenhamos medo das palavras.


Queremos, de novo, um país novo!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Mensagens de Apoio


‎"Eu desejo um presidente que não seja neutro no que se refere à defesa do Estado Social, da ética e da probidade na política, da igualdade e da solidariedade!"

José Couto

AÇORES com ALEGRE

O Presidente tem de ser livre, não pode estar refém de ninguém

Mafalda e a multidão de apoiantes no comício de Viana do Castelo

Fotos de Luiz Carvalho

“Não estou apenas a lutar contra um adversário político”, afirmou Manuel Alegre esta noite em Viana do Castelo. “Este é um combate contra grandes interesses nacionais e não nacionais” que querem “tomar conta da saúde, da escola pública, da segurança social pública, através das seguradoras” e “fazer baixar os custos de produção eliminando o conceito de justa causa”. Para isso, alertou Manuel Alegre, “precisam de um Presidente complacente e, até certo ponto, com alguma cumplicidade com esses grandes interesses” que se revela através do “silêncio perante o ataque dos especuladores contra a nossa economia e o nosso país”.

Complacência que também se manifesta, segundo o candidato, “através de expressões de dúvida, quando o país precisava de uma palavra de confiança”, significando “um sinal a favor da especulação contra o nosso país”. Para Manuel Alegre, a direita quer o FMI em Portugal não só pela “impaciência do poder”, mas porque “eles sabem que o FMI faria o programa que eles queriam aplicar mas não têm coragem de submeter a votos, porque seriam derrotados”.

Alegre congratulou-se com o reforço do leque de forças políticas que o apoiam, hoje concretizado através do apoio de Garcia Pereira e do PCTP-MRPP, voltando a sublinhar que não é refém de ninguém. “O Presidente tem de ser livre”, disse, acrescentando que “não pode estar refém de interesses nem de ninguém” pois só assim poderá interpretar em cada momento o interesse nacional.

Ao contrário, para Alegre, o candidato da direita “começa a ser refém dos partidos políticos que o apoiam e que querem ir para o governo empurrados por ele”. “Por isso este candidato veio fazer uma estranha declaração sobre a eventualidade de uma crise política”, afirmou, considerando que “ele estava era a deixar espairecer a ideia de que podia provocar essa crise através da dissolução da Assembleia da República”. E ao fazê-lo “ficou refém dos dois partidos que o apoiam e diminuiu-se como Presidente de todos os portugueses”.

Manuel Alegre voltou a dizer, como em Coimbra, que “esta luta é uma luta cívica, política e ideológica” entre um candidato do neoliberalismo e a sua própria candidatura, que defende a democracia política, económica, social e cultural, “com os direitos todos”. E também uma luta cultural, pelos valores da República, da liberdade e do combate a todas as discriminações. “Tenho muito orgulho em ter votado a lei da paridade e outras leis que representam um grande avanço civilizacional na transformação dos costumes”, lembrou, sublinhando que o candidato Cavaco Silva se opôs a todas essas leis.

“Estão enganados aqueles que pretendiam que tudo estava decidido” disse ainda Manuel Alegre. “Nestes últimos dias temos vivido grandes momentos, em Castelo Branco, Viseu, Matosinhos, Baião e agora aqui”, frisou, para afirmar que “as pessoas começam a compreender a importância desta batalha política”.

Convicto da possibilidade de uma segunda volta, Manuel Alegre apelou à juventude para não se desinteressar da política e a toda a esquerda e a todos os democratas para não se distraírem e não se absterem no próximo domingo, terminando com um desafio a todos porque a hora é de “unir, somar e mobilizar”.

Antes do candidato, discursaram Alberto Midões, mandatário distrital da sua candidatura, Augusto Santos Silva, dirigente socialista e Ministro da Defesa, e João Teixeira Lopes, dirigente do Bloco de Esquerda.

O Presidente tem de ser livre, não pode estar refém de ninguém

Mafalda e a multidão de apoiantes no comício de Viana do Castelo

Fotos de Luiz Carvalho

“Não estou apenas a lutar contra um adversário político”, afirmou Manuel Alegre esta noite em Viana do Castelo. “Este é um combate contra grandes interesses nacionais e não nacionais” que querem “tomar conta da saúde, da escola pública, da segurança social pública, através das seguradoras” e “fazer baixar os custos de produção eliminando o conceito de justa causa”. Para isso, alertou Manuel Alegre, “precisam de um Presidente complacente e, até certo ponto, com alguma cumplicidade com esses grandes interesses” que se revela através do “silêncio perante o ataque dos especuladores contra a nossa economia e o nosso país”.

Complacência que também se manifesta, segundo o candidato, “através de expressões de dúvida, quando o país precisava de uma palavra de confiança”, significando “um sinal a favor da especulação contra o nosso país”. Para Manuel Alegre, a direita quer o FMI em Portugal não só pela “impaciência do poder”, mas porque “eles sabem que o FMI faria o programa que eles queriam aplicar mas não têm coragem de submeter a votos, porque seriam derrotados”.

Alegre congratulou-se com o reforço do leque de forças políticas que o apoiam, hoje concretizado através do apoio de Garcia Pereira e do PCTP-MRPP, voltando a sublinhar que não é refém de ninguém. “O Presidente tem de ser livre”, disse, acrescentando que “não pode estar refém de interesses nem de ninguém” pois só assim poderá interpretar em cada momento o interesse nacional.

Ao contrário, para Alegre, o candidato da direita “começa a ser refém dos partidos políticos que o apoiam e que querem ir para o governo empurrados por ele”. “Por isso este candidato veio fazer uma estranha declaração sobre a eventualidade de uma crise política”, afirmou, considerando que “ele estava era a deixar espairecer a ideia de que podia provocar essa crise através da dissolução da Assembleia da República”. E ao fazê-lo “ficou refém dos dois partidos que o apoiam e diminuiu-se como Presidente de todos os portugueses”.

Manuel Alegre voltou a dizer, como em Coimbra, que “esta luta é uma luta cívica, política e ideológica” entre um candidato do neoliberalismo e a sua própria candidatura, que defende a democracia política, económica, social e cultural, “com os direitos todos”. E também uma luta cultural, pelos valores da República, da liberdade e do combate a todas as discriminações. “Tenho muito orgulho em ter votado a lei da paridade e outras leis que representam um grande avanço civilizacional na transformação dos costumes”, lembrou, sublinhando que o candidato Cavaco Silva se opôs a todas essas leis.

“Estão enganados aqueles que pretendiam que tudo estava decidido” disse ainda Manuel Alegre. “Nestes últimos dias temos vivido grandes momentos, em Castelo Branco, Viseu, Matosinhos, Baião e agora aqui”, frisou, para afirmar que “as pessoas começam a compreender a importância desta batalha política”.

Convicto da possibilidade de uma segunda volta, Manuel Alegre apelou à juventude para não se desinteressar da política e a toda a esquerda e a todos os democratas para não se distraírem e não se absterem no próximo domingo, terminando com um desafio a todos porque a hora é de “unir, somar e mobilizar”.

Antes do candidato, discursaram Alberto Midões, mandatário distrital da sua candidatura, Augusto Santos Silva, dirigente socialista e Ministro da Defesa, e João Teixeira Lopes, dirigente do Bloco de Esquerda.

domingo, 16 de janeiro de 2011

A Campanha em Imagens



Esta é uma luta política, cívica e ideológica

Num comício que voltou a juntar mais de um milhar de pessoas fazendo transbordar o Teatro Gil Vicente, em Coimbra, Manuel Alegre começou por dizer que estava ali “com o mesmo espírito” com que na sua juventude usou “pela primeira vez da palavra numa assembleia magna da associação académica.” Recordando os tempos em que “a liberdade era uma palavra proibida”, o candidato sublinhou a importância intemporal de uma atitude de esperança, ao afirmar o mesmo “espírito de resistência, de luta e de combate”.

Na sua intervenção, Manuel Alegre destacou a importância do acto eleitoral do dia 23 afirmando que nele estarão em oposição “o neoliberalismo que esteve na origem da crise mundial e os valores da democracia entendida como democracia política, económica, social e cultural”. O candidato explicitou essa diferença sublinhando que esta é também uma “luta política, cívica e ideológica”, em que a direita está “a reinventar a luta de classes”, uma vez que ambiciona “o poder todo contra a maioria dos trabalhadores, contra a maioria dos pequenos e médios empresários, contra a maioria do povo português”.

“Isto é também uma luta social, temos que saber de que lado estamos”, afirmou o candidato da esquerda progressista, criticando o candidato da direita por os seus actos não corresponderem às suas palavras. “Não basta dizer - eu sou um homem do povo - e depois estar do lado do grande poder da banca, do grande poder financeiro, do grande poder do capitalismo internacional”, condenou. “Se se é um homem do povo, que se seja fiel às raízes, que se seja fiel às origens, que se esteja perto daqueles que menos têm e daqueles que mais precisam, daqueles que estão a sofrer na sua carne, todos os dias, as consequências desta crise”, afirmou, recebendo uma prolongada salva de palmas.

Afirmando que “na política e na vida há sempre novos caminhos” e lembrando que Portugal já foi várias vezes pioneiro na História, “quando as naus portuguesas partiram para o mar desconhecido”, Manuel Alegre considerouque Portugal está a ser de novo “pioneiro” na História ao “bater o pé” à entrada do FMI. “Fomos Europa antes de a Europa o ser, não temos que ter complexos de inferioridade, não temos que ter complexos de bons alunos. Tivemos uma das primeiras revoluções liberais, uma das primeiras repúblicas e, quando se fez o 25 de Abril, foi também um movimento pioneiro, precursor, que abriu caminho à nova vaga democrática”, afirmou.

Para Manuel Alegre, “podemos ser de novo pioneiros, precursores – e estamos a sê-lo resistindo ao FMI, batendo o pé ao FMI e àqueles que de fora e cá dentro o querem cá”. “O caminho é dizer aos senhores que mandam no mundo e que querem mandar na Europa que esse não é o caminho”, defendeu, recebendo mais um prolongado aplauso.

Manuel Alegre referiu ainda os apoios do Partido Socialista e do Bloco de Esquerda à sua candidatura sublinhando que não é “refém de ninguém”, ao contrário de Cavaco Silva que, “com as afirmações que tem feito ultimamente, está refém dos dois partidos que o apoiam, que estão com pressa de chegar ao poder empurrados por ele, encostados a ele”. “Ele ameaçou provocar uma crise política, ou seja dissolver a Assembleia da República, para abrir as portas do poder aos dois partidos que o apoiam. Ele deixou de ser um garante de estabilidade e ele é neste momento um factor de instabilidade”, acrescentou.

No seu discurso, Manuel Alegre deixou ainda uma palavra aos jovens, desafiando-os a assumirem um papel activo na construção do futuro. “Serei o vosso companheiro viagem. Façam um pacto de insurreição contra a precariedade da vossa vida. Ajudem a mudar a sociedade”, incentivou.

A terminar, o candidato apelou a toda a esquerda para que “não se distraia” e não deixe de votar, "depois não se venha queixar", pois “o que está em causa é mesmo o espírito da esquerda e da nossa democracia tal como está consagrada na Constituição”. “Se defender a democracia e o Estado Social é uma utopia, vamos realizar essa utopia, se derrotar Cavaco Silva é uma utopia, vamos realizar essa utopia”, exortou, sob as entusiásticas e clamorosas ovações de uma multidão em pé.

Antes do candidato, usaram da palavra Mário Ruivo, líder distrital do PS, António Arnaut, fundador do Serviço Nacional de Saúde e mandatário distrital da candidatura, Jacinto Lucas Pires, mandatário da juventude, Maria do Rosário Gama, membro da comissão de honra, José Manuel Pureza, dirigente e líder parlamentar do Bloco de Esquerda, e António Almeida Santos, Presidente do partido Socialista.


sábado, 15 de janeiro de 2011

Comissão de Honra dos Açores



Carlos César – Presidente do PS/Açores

Zuraida Soares – Coordenadora Regional do Bloco de Esquerda Açores

Manuel Costa – Advogado – Presidente do Partido Democrático do Atlântico

Albano Furtado – Engenheiro Electrotécnico e Empresário

Alexandre Medeiros – Padre

Ana Luísa Luís – Economista

Andreia Cardoso – Economista - Presidente da Câmara de Angra do Heroísmo

Aníbal Raposo – Engenheiro

António Cordeiro – Médico - Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo

António Laurénio – Pescador - Presidente da Associação de Pescadores de São Jorge

Bento Leonardo - Economista

Boanerges de Melo – Professor

Bruno da Ponte - Editor Aposentado

Carlos Frazão - Maestro

Clara Queiroz - Professora catedrática aposentada

Carlos Ávila – Assistente Social - Presidente da Câmara Municipal da Povoação

Carlos Costa Rita - Funcionário da Açoreana de Seguros

Carlos Enes - Professor

Carlos Melo Bento – Advogado

Carlos Mota – Artista Plástico

Carlos Raposo – Comandante da PSP aposentado

Cecília Jorge – Empresária

Cecília Maria Soares Estácio Rodrigues - Presidente da Associação de Jovens das Flores

Cláudia Goulart – Psicóloga

Daniel de Sá – Escritor

Dário Almeida – Presidente da Uniqueijo-São Jorge

Dimas Simas Lopes – Médico

Duarte Melo – Padre/Director do Museu Carlos Machado

Dulce Resendes – Técnica Superior

Eduarda Reis – Actriz

Emília Mendonça – Aposentada

Eusébio Massa – Director Comercial

Feliciano Soares – Engenheiro

Fernanda Garcia – Administrativa

Francisco Legatheaux - Professor e artista plástico

Fernanda Mendes – Médica

Fernando Menezes - Advogado

Fernando Nascimento - Engenheiro

Francisco Branco – Enfermeiro

Francisco Gomes de Menezes – Arquitecto

Gualter Couto – Gestor

Genuíno Madruga – Pescador

Graça Tomé - Professora

Graça Silva Machado – Enfermeira

Hélder Ricardo Andrade Costa - Motorista

Hélio Pamplona - Presidente da Associação de Bombeiros Voluntários da Horta

Inês Sá - Assistente de Direcção

Isabel Barata – Psicóloga

Isabel Magalhães – Conservadora e Notária

Isabel Mendes – Engenheira Agrícola

Ivo Moniz Soares - Director da Unidade de Saúde da Ilha do Pico

José Cascalho - Professor Universitário

José Medeiros – Músico

José Oliveira - Técnico de electrónica

José Olívio Rocha - Funcionário Público

João Braga – Reformado

João Castro - Professor – Presidente da Câmara Municipal da Horta;

João Decq – Artista Plástico

João Gabriel Santos – Vice-Presidente do Conselho de Ilha de São Jorge

João Natal Lima Bettencourt – Professor

João Ponte – Engenheiro - Presidente da Câmara Municipal da Lagoa

José Agostinho – Agricultor

José Alberto Nunes - Operário

José Costa - Administrativo

José Fialho – Presidente Associação de Pais e Amigos das Crianças Deficientes do Faial

José Manuel Silva Gregório – Professor

José Nuno da Câmara Pereira – Artista Plástico

Larisa Plesova - Animadora Cultural

Leonardo Sousa - Animador Social

Licínio Tomás – Professor Universitário

Lúcia Arruda - Jurista

Luís Couto – Empresário

Luís Paulo Garcia – Bancário - Presidente da Cáritas

Leonel Ramos – Presidente da Associação Agrícola de São Jorge

Líbia de Fátima de Sousa da Silva - Professora aposentada

Luís Alberto Bettencourt – Músico

Luís Botelho - Técnico de Turismo

Luís Manuel Fernandes Caramelo – Presidente da Junta das Lajes das Flores

Manuel Avelar Cunha Santos - Professor - Presidente Câmara Santa Cruz da Graciosa

Manuel Francisco Costa Júnior - Director do Museu do Pico

Manuel Goulart Serpa – Reformado

Manuel Jorge Lobão - Professor

Manuel Pereira – Presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores

Manuel Rita – Empresário – Presidente da Câmara Municipal do Corvo

Manuel Sá Couto – Professor

Manuel Silveira – Agricultor - Presidente da Câmara Municipal das Velas

Márcio Mendes – Arquitecto

Mário Moniz – Bancário;

Margarida Moura – Médica

Milton Morais Sarmento – Advogado

Natália Almeida – Professora/Escritora

Néné – Empresária

Octávio Medeiros – Padre/Professor Universitário

Odete Frias - Professora

Orlando Rosa - Presidente da Adeliaçor – Faial

Óscar Rocha – Funcionário Público

Paula Rodas - Técnica Acção Social

Paulo Ázera – Empresário

Paulo Codorniz – Bancário

Paulo Moura – Médico

Pedro De Lacerda – Advogado

Primitivo Marques – Empresário

Paulo Mendes – Psicólogo

Paulo Sanona – Ajudante de reabilitação

Paulo Tomé - Professor

Ricardo Serrão Santos - Director do Departamento de Oceanografia e Pescas

Ricardo Silva – Professor - Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande

Roberto Amaral – Economista

Roberto Monteiro – Gestor de Empresas – Presidente Câmara da Praia da Vitória

Ruben Simas - Técnico Operações da ANA

Rui San-Bento – Médico

Rui Santos – Professor

Sãozinha Freitas - Administrativa

Sofia Medeiros – Professora e Escultora

Teresa Medeiros – Professora Universitária

Tibério Dinis – Estudante

Tomás Manuel Goulart – Funcionário Público

Urbano Resendes – Artista Plástico

Vasco Capaz – Coronel Aposentado

Victor José Santos Rosa - Vereador Câmara Municipal das Lajes das Flores

Vítor Rui Dores – Professor